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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Prefeitura atualizará situações dos cemitérios públicos

A Prefeitura de Venâncio Aires destinou R$ 15 mil para custeio de uma consultoria que vai elaborar um dossiê atualizado das situações dos cemitérios públicos.
O projeto foi aprovado no Legislativo e a licitação deve ser providenciada em breve. Vila Rica, Cemitério Municipal e Ponte Queimada são os três campos santos alvos de análise. Conforme o prefeito Giovane Wickert, o diagnóstico servirá de base para tomada de decisões em relação à ocupação e eventual expansão dos cemitérios para os próximos 20 anos.

A falta de espaço para sepultamentos em cemitérios públicos foi o que determinou a ação da gestão. Segundo a justificativa da proposta, serão levados em conta, no estudo, os aspectos administrativos, operacionais, financeiros, sociais, legais, ambientais, paisagísticos e históricos, além de projeção de possíveis parcerias e convênios para a melhoria das estruturas. O valor destinado à consultoria está em rubrica da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (SISP), pasta responsável pelos cemitérios.

O problema não é novidade e era frequentemente citado pela oposição à Administração anterior, na Câmara de Vereadores. Agora no governo, agentes públicos que criticavam a inércia do Município em relação ao assunto querem uma solução para a demanda. O terreno comprado por R$ 200 mil no bairro Santa Tecla - a área onde seria construído um novo cemitério - é seguidamente lembrado nas sessões do Legislativo, mas a implementação do campo santo no local parece muito improvável. O terreno está tomado pelo mato e foi 'cercado' por loteamentos, o que dificultaria a utilização do local para esta finalidade.

Giovane Wickert admite que o estudo será contratado para 'saber se o melhor caminho é construir novas estruturas ou investir em espaços consolidados'. De acordo com ele, a consultoria será feita por especialistas no assunto, o que embasará futuras medidas da Administração. 'Todos sabem que a capacidade dos nossos cemitérios está quase no limite, portanto é dever do poder público buscar as alternativas ao problema. Temos que dar opção à comunidade', argumentou, acrescentando que 'o Município não deixará de atuar no que é de sua competência e vai seguir tendências, sem querer inventar moda'.

MEMORIAIS - Entre as tendências citadas pelo prefeito está a criação de memoriais nos cemitérios, o que elevaria a capacidade para sepultamentos. As estruturas seriam construídas, segundo ele, para receber restos mortais decorrentes de exumações, procedimentos que seriam desencadeados dentro da legalidade e a partir do consentimento das famílias. 'É uma possibilidade, com os memoriais recebendo as urnas menores, abrindo espaço nos jazigos. Nossa intenção é criar condições que nos permitam absorver a demanda. Temos que evoluir nas questões relacionadas a licenciamentos e paisagismo também', diz Giovane Wickert.

'A verticalização das estruturas também é uma possibilidade. Em Porto Alegre, por exemplo, estão fazendo isso. Queremos buscar soluções e dar opção para a comunidade'

Giovane Wickert, prefeito de Venâncio

SITUAÇÃO DOS CEMITÉRIOS



Vila Rica: Dos três campos santos visitados pela reportagem da Folha do Mate nesta sexta-feira, é o que mais precisa de atenção do poder público. Está crescendo desordenadamente e, em alguns pontos, fica visível que o terreno está cedendo, comprometendo os jazigos. Chama a atenção, ainda, o fato de que algumas sepulturas estão sendo construídas em altura desproporcional, tudo em razão da falta de espaço para novas carneiras. A área de aproximadamente dois hectares que fica ao lado do cemitério e chegou a ser sondada para uma ampliação, foi negociada e, conforme relato ouvido pela reportagem, 'agora pertence a um empresário que dificilmente irá aceitar vender para a Prefeitura'.



Cemitério Municipal: É organizado, está limpo e os jazigos seguem um padrão, garantindo acesso às sepulturas. Os problemas são a superlotação e a inviabilidade de expansão do campo santo. Ou seja, só têm acesso ao local as famílias que mantêm seus espaços há vários anos. Construção de novos túmulos, no quarteirão que abriga o Cemitério Municipal, não é possível.



Ponte Queimada: O cemitério, de acordo com o presidente Eloi Rosa, recebe sepultamentos apenas de pessoas ligadas à comunidade. Ainda há espaço para alguns jazigos, afirma ele, mas nenhuma obra pode ser feita sem o seu consentimento, já que é o responsável pelo local. Embora tenha sepulturas bastante antigas, no geral o campo é organizado, e uma limpeza realizada recentemente evidenciou a existência de um espaço desocupado dentro da área do cemitério. 'Mas não tem nada a ver com a Prefeitura', garante Rosa, salientando que, talvez, o Município tenha interesse de estudar a viabilidade de construção de um cemitério na divisa com o da Ponte Queimada, em área que foi recebida em doação. 'É uma situação complicada ali, pelo que parece. Foi encontrada uma vertente e o Meio Ambiente trancou a construção. Depois fizeram um vigamento para o Centro de Recuperação de Dependentes Químicos e a obra parou. Não sei se teremos obras naquele local', comenta.

Em 17 anos, Bela Vista teve 900 sepultamentos

Alternativa à falta de vagas aos campos santos públicos, o Cemitério Parque Jardim Bela Vista teve, em 17 anos, aproximadamente 900 sepultamentos, de acordo com José Kist, proprietário do empreendimento localizado no Corredor dos Gauer. Espaço há de sobra, mas, como o próprio Kist diz, 'hoje em dia ninguém quer gastar'. Ele afirma que, desde 2000, quando inaugurou o local, a demanda se mantém, em média, em quatro ou cinco sepultamentos mensais. 'Em alguns meses temos seis, em outros dois, em outros nenhum. A superlotação nos cemitérios público não aumentou a nossa demanda', analisa.

Mesmo assim, o empresário planeja a expansão tanto da área edificada quanto do jardim, espaços onde ficam as sepulturas. Além disso, segue tramitando na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) os pedidos de licenciamento para a implementação do crematório no complexo, que será o primeiro da região. 'Esta é uma tendência e teremos condições de praticar valores mais baixos do que um sepultamento tradicional. Já protocolamos na Fepam o projeto pedindo licença para instalação de equipamentos, fornos e geradores de energia. A cremação é um método que permite uma destinação final, não requer manutenção e que está sendo procurada cada vez mais', salienta Kist.

Fonte: Jornal Folha do Mate

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