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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Em SP, pesquisa estuda como a poluição afeta as lavouras de café

O estudo sobre os impactos do aumento do gás carbônico no café começou há dois anos e envolve pesquisadores de várias instituições. Eles querem saber como a planta se adapta às mudanças climáticas.

Na Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, região centro-leste de São Paulo, foram plantadas 37 mil mudas de café arábica das variedades catuaí e obatã.

A plantação foi dividida em 12 anéis com 10 metros de diâmetro cada. Seis deles receberam a quantidade de gás carbônico encontrada hoje na atmosfera, que é de 400 partes por milhão. O restante recebeu 1/3 a mais, índice estimado pelo painel governamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas para o final do século.

O sistema é todo automatizado. O gás vem por tubulações subterrâneas e é liberado por válvulas de acordo com a posição do vento. Tudo é controlado por computador em tempo real. A transmissão de dados é feita pela internet.

A planta responde em segundos a aplicação de gás carbônico. Os pesquisadores já constataram que as duas cultivares fizeram mais fotossíntese onde há uma concentração maior de gás, o que significa que elas cresceram mais.

As raízes, número de nós, tamanho dos ramos ficam maiores, mas ainda não é possível dizer se as plantas ficaram mais ou menos produtivas e se houve ou não alteração na qualidade do fruto.

A diferença é visível. Um equipamento mede a fotossíntese e a transpiração da planta. O índice de pragas e doenças também foi alterado. “Até agora nós observamos uma tendência de diminuição de problema fitossanitário com o aumento da concentração de CO2, o que é uma boa notícia”, explica Raquel Ghini, agrônoma coordenadora do projeto.

Ainda faltam dados sobre a influência dessa maior concentração de CO2 no solo e o efeito na irrigação. Só depois de cruzar todos os dados vai ser possível avaliar os impactos das mudanças climáticas no café. “O nosso interesse é realmente saber o que vai acontecer para desenvolvermos estratégias de adaptação”, diz Raquel. 

Fonte: Globo Rural

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