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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Mulheres empreendem por necessidade

As mulheres são mais subjetivas, sensíveis. Elas têm visão sistêmica, colaborativas e têm facilidade em dar feedback – valores fundamentais para que os negócios atinjam a sustentabilidade, não apenas no sentido ecológico, mas de perenidade.
Apesar dessas características, apenas 10% das empresas empreendidas por mulheres geram uma renda superior a cinco salários mínimos. A grande maioria, 72%, tem renda de dois salários mínimos. “Isso acontece porque a maioria dos negócios empreendidos por mulheres são de necessidade. Ou essa mulher abre um negócio porque não consegue entrar mais no mercado de trabalho formal ou ela empreende como uma forma de conciliar com trabalho doméstico”, explica Denise Delboni, professora da FGV e coordenadora do programa 10 mil mulheres empreendedoras.

Denise falou durante a mesa “Como os valores femininos podem impulsionar os negócios sustentáveis no Brasil”, na manhã do segundo dia da 15ª Conferência Ethos, em São Paulo. Mediadas por Camila Valverde, diretora de sustentabilidade do Walmart Brasil, participaram também da conversa Claudia Lorenzo, diretora de negócios sustentáveis da Coca-Cola, Alice Freitas, diretora executiva da Rede Asta, e Ana Carolina Mendes, assessora técnica da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.

O principal tipo de negócio escolhido pelas empreendedoras está no mercado de serviços e comércio. Segundo Denise, 54% das empresas são salões de beleza, bares e restaurantes. A falta de cursos ou especializações na área de empreendedorismo fomenta, além da informalidade, a geração de empregos precários. “As mulheres acabam empregando pessoas da família, que vão ganhar um salário ainda menor que o delas”, diz Denise.

Para Alice Freitas, é justamente essa característica feminina de agregar que faz com que empoderar a mulher seja tão importante. “Pesquisas apontam que 37% das famílias são chefiadas por mulheres. 90% da renda da mulher são investidos na família. Então empoderar a mulher é empoderar a família”, diz.

Claudia Lorenzo destacou o papel das grandes empresas e como elas podem contribuir para dar escala às pequenas empreendedoras. “Nós precisamos pensar no intraempreendedorismo, em como nosso negócio pode contribuir. O que falta é dar visão para a mulher do negócio dela”. Ana Carolina Mendes completa: “Só unindo forças conseguiremos fazer alguma coisa”.

Denise acredita que as universidades têm um papel fundamental de criar estímulos, principalmente oferecendo novos cursos sobre o assunto. Ela prevê ainda uma mudança neste cenário, do empreendedorismo de necessidade para um empreendedorismo feminino altamente capacitado. “São mulheres muito qualificadas que saem das empresas onde trabalham, seja por causa de casamento, filhos ou como uma forma de fugir do dumping social e abrem um negócio. A universidade tem a função de criar estímulo”, finaliza.

Fonte: Mercdo Ético

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