O ciclo da água é severamente afetada pelo desmatamento, as árvores extraem água subterrânea pelas raízes e transferem para a atmosfera através das folhas. 

Quando a floresta é removida, as árvores já não evaporam essa água, resultando em um micro clima cada vez mais seco. O desmatamento reduz o teor de água no solo e as águas subterrâneas, bem como a umidade atmosférica. O desmatamento reduz a coesão do solo, de modo que a erosão, inundações e deslizamentos de terra são cada vez mais frequentes.

As florestas aumentam a recarga dos aquíferos através de uma melhor infiltração da água nos solos evitando a sua perda superficial.

O encolhimento da cobertura florestal reduz a capacidade de interceptar, reter e transpirar a precipitação. Em vez de prender a precipitação, que depois se infiltra nos sistemas de águas subterrâneas e vai alimentar as nascentes, as áreas desmatadas se tornam fontes de escoamento superficial da água, que se move muito mais rápido e vai produzir inundações, erosão e deslizamento dos solos.

O desmatamento também contribui para a diminuição da evapotranspiração, o que diminui a umidade atmosférica e que vai afetar os níveis de precipitação na área desmatada, onde a água não é mais reciclada e se perde no escoamento retornando rapidamente para os oceanos. De acordo com um estudo , nas áreas desmatadas no norte e noroeste da China, a precipitação média anual diminuiu em um terço entre 1950 e 1980 devido ao desmatamento da região.

Estudos realizados em todo o mundo tem demonstrado que a presença ou ausência de árvores e florestas são responsáveis pela quantidade de água na superfície, no solo, nas águas subterrâneas e na atmosfera. Alterando por sua vez as taxas de erosão e as mudanças na disponibilidade de água para as funções de qualquer ecossistema ou uso humano.

As florestas tropicais produzem cerca de 30% da água doce do planeta, segundo o Relatório Mundial da Água da ONU.

Fonte: Forum Brasileiro