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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Reciclagem de gesso traz solução sustentável para a construção civil

Uma empresa de Canoas (RS), cidade da região metropolitana de Porto Alegre, resolveu investir em um negócio que está beneficiando geradores de resíduos da construção civil, a economia e o meio ambiente: a reciclagem de gesso. Atualmente, a Sebanella recebe cerca de 1.000 toneladas do material por mês e o reutiliza, por exemplo, como fertilizante na agricultura.

A idéia surgiu da preocupação com os impactos causados pelo descarte incorreto dos resíduos na natureza. “A constante expansão da construção civil traz muitos benefícios para a economia, mas ao mesmo tempo pode impactar negativamente em outras áreas, como o meio ambiente”, destaca Sebastian Pereira, sócio-diretor da empresa. “Este crescimento na construção civil vem gerando mais resíduos e os mesmos estão sendo descartados de forma incorreta, já que os aterros cobram um valor elevado, dando margem ao descarte em aterros clandestinos”.

Desde 2011, o gesso passou a ser considerado um material reciclável, assim como plásticos, papéis, metais e vidros, por exemplo. Para ser reaproveitado, contudo, os resíduos de gesso devem ser armazenados separadamente. Assim, chega-se a reciclar 100% do material, que possui inúmeras empregabilidades – além da reutilização na construção civil, pode ser aplicado controladamente na agricultura para a correção de solos, como aditivo para compostagem, absorvente de óleos, controle de odores e secagem de lodos em estações de tratamento de esgoto.

A reciclagem do gesso evita os impactos negativos que este resíduo causa quando descartado inadequadamente na natureza. Sua disposição inadequada ou em aterros sanitários comuns pode provocar a dissolução dos componentes e torná-lo inflamável. Esses impactos, no entanto, podem ser evitados encaminhando o gesso para a reciclagem. As empresas que adotam este procedimento, além de contribuírem para a preservação do meio ambiente, ainda gastam aproximadamente sete vezes menos do que gastariam com o descarte em aterros privados.

Fonte: Mercado Ético

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