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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Ambientalistas alertam para possível poluição de área por ETE em Araguari/MG

O funcionamento de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) pode estar comprometendo e poluindo uma área verde de Araguari, o que preocupa ambientalistas e moradores. Especialmente neste Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta sexta-feira (5), a preocupação com a preservação dos animais, plantas e nascentes de rios aumenta.


A ETE foi inaugurada no dia 26 de março e atende a seis bairros, com cerca de 2.250 famílias. O problema é que o cano que leva o esgoto que já passou pela estação de tratamento fica debaixo da terra e o lançamento é feito direto nessa área de preservação permanente.

O esgoto tratado é jogado em uma área de solo poroso, o que gera a preocupação de que atinja o lençol freático e outras fontes de água da região. O local onde é lançado o efluente da ETE fica a cerca de 300 metros da Represa dos Paus, ambiente que muitas pessoas utilizam para recreação, lazer e até para pescar.

Marcus Vinícius Leite é biólogo e presidente da Associação de Proteção dos Animais e Meio Ambiente de Araguari. Ele diz que é possível que a área seja contaminada. “Desde o início da obra nós solicitamos à Prefeitura os estudos de impacto ambiental, mas isso não foi passado. Nós temos um estudo que aponta que essa região é um aquífero que pode fornecer água para cidade durante cerca de 50 anos”, explicou.

O veterinário Fernando Mendes afirma que o efluente jogado no local está fora dos padrões. “Foi constatada uma alteração que nós já imaginávamos. Está muito alto o nível de coliformes fecais, fora dos padrões do Conama. Aqui está maior que 1.600 coliformes por milímetro de efluente tratado e o permitido é só mil”, disse.

Antes mesmo da construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), em 2012, muitas pessoas lutavam para que a área de vereda e mata nativa fosse preservada. O engenheiro civil José Radi Neto apresentou na época uma solução para evitar a contaminação do local. “Próximo a ETE existe estação elevatória de esgoto, e nela existe um emissário que cai no esgoto central da cidade. Seria muito simples construir um reservatório pequeno, com uma pequena bomba que lançaria para estação elevatória”, afirmou.

Já a gerente técnica Sandra Salomão fala que não há nada de errado e mostrou a autorização do Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente (Codema) para implantação, e a autorização ambiental de funcionamento da Supram. “Pelos parâmetros que nós temos, não existe poluição”, disse.

Os técnicos da estação de tratamento de esgoto descartam a possibilidade de contaminação do solo e da água e afirmam que exames indicaram que a qualidade do efluente tratado é boa. “A qualidade é de um efluente tratado com mais ou menos 80% de pureza”, disse o operador da ETE, Vicente de Paulo de Lima.

Em nota, a Superintendência de Água e Esgoto de Araguari informou que contratou uma empresa especializada para fazer a coleta e análise de água e efluentes. Com relação aos coliformes fecais, foram coletadas amostras no ponto de lançamento da ETE São Sebastião e, conforme relatórios, os resultados estão de acordo com as normas do Conselho de Política Ambiental.

Fonte: G1

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