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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Professor universitário usa restos de madeira para criar piso que gera energia

A ideia é tornar esse piso acessível para aplicação em qualquer espaço e com custos iguais aos dos pisos comuns.


O professor Xudong Wang, que trabalha nos laboratórios de ciência de materiais e engenharia na Universidade de Wisconsin (EUA), desenvolveu um piso que feito a partir de materiais reaproveitados e com potencial para gerar energia limpa incessantemente.

A base para a criação são os restos de madeira, o mesmo material já usado em diversos pisos convencionais. O que ele e seu aluno Chunhua Yao fizeram de diferente foi aproveitar o potencial energético deste material e associá-lo a outros componentes que juntos atuam como geradores de energia.

Na descrição do projeto, os cientistas explicam que a chave para o produto são as nanofibras de celulose que, quando tratadas quimicamente e em contato com fibras não tratadas, produzem uma carga elétrica. Segundo eles, essa tecnologia poderia ser tão acessível quanto um piso comum.

Os custos do processo são grandes diferenciais quando se fala em pisos que geram energia, já que superfícies que transformam as passadas ou movimento em eletricidade costumam ser muito caros. Há anos a dupla vem estudando a eletricidade proveniente das vibrações, até que chegassem em um modelo ideal.

Os pesquisadores testaram diferentes materiais que maximizassem um tipo de energia gerada pela tecnologia nanogedora triboelétrica. A triboeletricidade é o mesmo fenômeno que produz a eletricidade estática nas roupas. O tratamento das fibras de celulose apenas torna mais eficaz o aproveitamento desta energia que já existe.

A ideia é tornar esse piso acessível para aplicação em qualquer espaço, desde residências até áreas extremamente movimentadas, como shoppings ou calçadas. Os testes já realizados mostraram que o sistema pode funcionar por milhares de ciclos sem apresentar problemas ou danificações. O que objetivo dos pesquisadores agora é otimizar a tecnologia para torná-la comerciável. Os cientistas não informam quanto de energia pode ser produzido a cada metro quadrado do produto.

Fonte: Ciclo  Vivo

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