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terça-feira, 25 de outubro de 2016

21 interessantes curiosidades sobre cemitérios

A São Paulo do século XVIII costumava sepultar os mortos nas igrejas. Eles eram enterrados sem caixão e em covas rasas. Aliás, eram tão rasas que não era incomum alguém pisar ou tropeçar nos ossos. O chão era de terra batida e era usado tanto para a sepultura quanto para a prece.


O primeiro cemitério da cidade de São Paulo foi construído num terreno pertencente à Marquesa de Santos, na atual rua da Consolação. O Cemitério da Consolação atrai turistas de todo o Brasil, e por dois motivos: a arte tumular e a grande quantidade de pessoas famosas ali sepultadas. Entre os mortos ilustres estão: Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Armando Bogus, Rubens de Falco, Paulo Goulart, Oswald de Andrade, Washington Luís, Victor Brecheret, Ramos de Azevedo, Guiomar Novaes e Campos Sales, além da própria Marquesa de Santos.

O cemitério mais famoso do Rio de Janeiro é o São João Batista, no bairro do Botafogo. Assim como o paulistano Consolação, o São João Batista é conhecido pela arte tumular e pelo (impressionante!) número de mortos famosos. As personalidades que lá foram sepultadas: Cecília Meireles, Janete Clair, Nelson Rodrigues, Santos Dumont, Oscarito, Maysa, Hélio Oiticica, Lauro Corona, Olavo Bilac, Carmen Miranda, Luís Carlos Prestes, Fernando Sabino, Cândido Rondon, Ziebinsky, Mário Lago, Costinha, Sandra Bréa, Glauber Rocha, Tom Jobim, Sérgio Cardoso, Francisco Alves, Chiquinha Gonzaga, Vinicius de Moares, Leila Diniz, Álvares de Azevedo, Chacrinha, Dorival Caymmi, Cazuza, Rachel de Queiroz, Oswaldo Cruz, Vicente Celestino, Clara Nunes, Nelson Gonçalves, Cândido Portinari, José Lins do Rego, Euclides da Cunha, Ari Barroso, Herivelto Martins, Baden Powell, Jardel Filho, Paulo Gracindo, Carlos Drummond de Andrade, Di Cavalcanti, Humberto de Alencar Castelo Branco, José de Alencar e Ruy Barbosa, entre muitos outros.

O cemitério mais famoso e mais visitado do mundo é o Père Lachaise, em Paris. Lá estão sepultadas personalidades do calibre de Auguste Comte, Fredéric Chopin, Marcel Proust, Jean de La Fontaine, Georges Bizet, Oscar Wilde, Moliére, Edith Piaf, Alfred de Musset, Maria Callas, Yves Montand, Gioachinno Rossini, Honoré de Balzac, Eugéne Delacroix, Isadora Duncan, Allan Kardec, Marcel Marceau, Jacques-Louis David e Amedeo Modigliani.

O túmulo do ex-líder do grupo de rock The Doors, Jim Morrison, é, até hoje, um dos mais visitados do cemitério Pere-Lachaise, de Paris. Os milhares de fãs que o visitam todos os anos costumam depositar flores, cartas e até uísque na sepultura. Por conta disso, a administração do cemitério ameaçou várias vezes despejar Jim Morrison do local.

O Père Lachaise recebe todos os anos centenas de turistas brasileiros, muitos com a exclusiva intenção de conhecer o túmulo e prestar homenagens a Allan Kardec, o precursor do espiritismo.

O túmulo do cantor Elvis Presley, em Graceland, é um dos mais visitados do mundo. No aniversário de sua morte, milhares de fãs acorrem à mansão onde Elvis viveu para prestar homenagens ao Rei do Rock. O local é preservado como um santuário. A devoção chegou a tal ponto que alguns acreditam que esteja surgindo uma nova religião com Elvis Presley como objeto de culto.

O Brasil inteiro se comoveu com o súbito falecimento da cantora Carmen Miranda. O velório e o enterro foram acompanhados por cerca de 500 mil pessoas. Enquanto chorava e lamentava a morte de Carmen, o povo cantava na surdina os principais sucessos da cantora. A multidão era tamanha que danificou 75 sepulturas do cemitério.

Outra morte que causou comoção foi a do ator ítalo-americano Rodolfo Valentino. Ao saberem de seu falecimento, centenas de pessoas se aglomeraram na frente ao hospital onde ele estava internado. Mulheres entraram em desespero, e algumas tentaram o suicídio. Valentino foi homenageado por cerca de 100 mil pessoas. Conta-se que todos os anos, no aniversário da morte do ator, uma dama de negro costumava depositar flores em seu túmulo.

Você sabe o que significa Post mortem Photos? É o hábito de fotografar os mortos no caixão. Os familiares costumavam guardas as fotos de lembrança. A prática foi muito comum na Europa do século XIX e, até recentemente, no Nordeste brasileiro.

O funeral é uma cerimônia de despedida do falecido. No Brasil, o morto é velado pela família e pelos amigos até a hora do sepultamento ou cremação. Ele nunca é deixado sozinho.

Não existe luto e muito menos velório no islamismo. O corpo é exibido em público por um curto período de tempo – o suficiente para que o imã (líder religioso) local conduza uma prece – e logo sepultado.

Os muçulmanos são normalmente enterrados sem caixão. O corpo é envolto em três peças de roupa (dois para as mulheres) e sepultado com a cabeça virada para Meca.

Tal como os muçulmanos, os judeus costumam sepultar o falecido no mesmo dia da morte. O corpo é normalmente banhado antes do enterro. Homens banham homens e mulheres banham mulheres. Outro hábito comum entre os judeus é colocar uma pequena pedra em cada olho e na boca – nesse caso, para impedir o falecido de questionar a própria morte.

Acredite se quiser, mas um dos locais mais animados da Idade Média era o cemitério. A população passeava, brincava e dançava entre os túmulos. Também era possível fazer compras (o açougueiro era apenas um dos comerciantes a dispor sua mercadoria sobre os jazigos) e participar de diversas cerimônias públicas. Os cemitérios serviam ainda para juízes comunicarem sentenças, padres darem o sacramento, pregadores itinerantes exortarem o povo ao arrependimento, prefeitos comunicarem suas medidas e, claro, de vez em quando alguém ser sepultado.

O maior cemitério do mundo em extensão é o alemão Ohlsdorf, na cidade de Hamburgo. Além dos 300 000 túmulos e 1,4 milhão de mortos, o Ohlsdorf abriga 200 000 monumentos, 12 capelas, três museus, 80 quilômetros de trilhas para caminhadas e duas linhas dê ônibus, além de lagos e milhares de árvores. Um detalhe da sua grandiosidade: um visitante a pé leva três horas para atravessá-lo.

Uma das celebrações mais populares do México é o Dia dos Mortos, em 2 de novembro. Ao contrário dos brasileiros, que lembram os mortos com flores, missas e procissões, os mexicanos realizam uma verdadeira festa. As festividades começam em outubro e seguem até a primeira semana de novembro. Os mexicanos oferecem água, flores, velas, guloseimas e todos os bons frutos obtidos durante a ausência do morto. É uma data em que os vivos se aproximam dos mortos e vice-versa. Os túmulos são sempre limpos e decorados com coras de flores. Vendem-se muitos produtos alusivos à morte, quase todos em forma de caveira. As crianças adoram os crânios de açúcar. O Dia dos Mortos é de riso e diversão. Dois dos ditados mais populares relativos à data são: “Ao morto o poço e ao vivo o gozo” e “Ao morto a sepultura e ao vivo a travessura”.

Já pensou em se mudar com sua família para um cemitério? Pensou em viver como centenas de famílias das Filipinas, que moram no maior cemitério de Manila, a capital do país? Pois é, são cerca de 10 000 pessoas que dormem, tomam banho, fazem as refeições, estendem roupas lavadas e até jogam cartas entre os túmulos. Chamado de Cemitério Norte Manila, ele possui salão de cabeleireiro, escola, mercadinhos e tudo o que uma cidade de 10 000 pessoas pode oferecer.

A maioria dos mortos é enterradas em túmulos normais. Alguns, no entanto são sepultados em mausoléus. O mais famoso mausoléu do Brasil é o da Academia Brasileira de Letras, no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, onde estão sepultados alguns dos maiores escritores do país. Existem ainda mausoléus de religiosos, militares, maçons e músicos.

Não só existem mausoléus, como existem cemitérios onde são sepultados apenas grupos e/ou classes determinadas de pessoas. Um exemplo é o cemitério Santíssimo Sacramento, onde são sepultados apenas padres e freiras. Outro exemplo paulistano é o Cemitério do Redentor, também na capital paulista, onde a grande maioria dos mortos é protestante (principalmente ingleses e alemães).

A origem dos cemitérios de animais é incerta. As únicas fontes a respeito, indicam que já no século XIX animais eram enterrados em locais apropriados para eles – principalmente cavalos. Os cemitérios de animais são comuns hoje em dia, inclusive no Brasil – onde começaram a se popularizar a partir da década de 1 980. A maior parte dos animais sepultados são cães e gatos.

Por falar em cemitérios de animais, você sabia que o cemitério do Araçá é um dos locais onde mais se abandonam animais em São Paulo? Os gatos são campeões de abandonos. O Centro de Zoonoses de São Paulo é obrigado a castrar os animais. Os visitantes se assustam com a quantidade de gatos vagando entre os túmulos. Alguns, no entanto, sempre fazem questão de levar algum alimento para os bichanos toda vez que vão visitar o túmulo de algum parente.

Fonte: Mais curiosidades

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