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terça-feira, 14 de março de 2017

Taxas sobem para reduzir déficit em cemitérios

Prefeitura diz que reajustes não afetam cidadãos mais pobres. Tabela traz aumentos e reduções


Começou a vigorar uma nova tabela de taxas de serviço nos cemitérios públicos de Santo Amaro, Parque das Flores, Casa Amarela, Várzea e Tejipió. Entre os aumentos mais significativos está a utilização da capela central para velório, que passou de R$ 100 a R$ 250, para um período de 12 horas, e de R$ 100 a R$ 400 para 24 horas. O sepultamento em gavetas subiu de R$ 79,72 para R$ 150. Já o velório reservado, que custava R$ 60, passou para R$ 150. Mas a tabela também trouxe reduções. A exumação em gaveta diminuiu de R$ 54,72 para R$ 40 em todas as necrópoles. Somente em Santo Amaro, o sepultamento de adultos baixou de R$ 24,72 para R$ 20 e o de crianças de R$ 14,72 a R$ 10.

O diretor administrativo financeiro da Emlurb, Adriano Freitas, explicou que os reajustes, que passaram a vigorar no dia 8, foram necessários devido a uma defasagem em relação aos valores de mercado. Desde 2001, a Emlurb não aumentava os preços em Santo Amaro, por exemplo. “Quando assumimos a administração, em 2013, observamos que os preços nos cemitérios dos municípios vizinhos eram mais caros. Em Olinda, por exemplo, não é permitido se enterrar cidadão de outra cidade, como ocorre no Recife, onde isso é liberado. Então acaba todo mundo correndo para cá e lotando nossos cemitérios”, comentou.

Segundo Adriano, a Emlurb gasta R$ 400 mil mensais para administrar os cinco cemitérios do Recife, enquanto arrecada R$ 100 mil. “O reajuste foi feito em cima apenas dos serviços cobrados à classe média. No caso dos sepultamentos para os mais pobres, os valores foram mantidos ou até reduzidos. Esse aumento está diminuindo o déficit, mas não cobre o prejuízo, que está sendo pago com o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e o ISS (Imposto Sobre Serviços) do cidadão”, observou. O diretor acrescentou que os cinco cemitérios passaram por reformas no último ano, nas quais a prefeitura investiu mais de R$ 4 milhões, dos quais R$ 1,5 milhão foram aplicados em Santo Amaro.

Ontem, na entrada da principal necrópole do Recife, a de Santo Amaro, um grupo de manifestantes usou um caixão e faixas para protestar contra os aumentos. “Quanto custa para morrer?”, questionavam. “A capela, por exemplo, teve um aumento de 300%. É um abuso. Lá não tem água, café, ar condicionado, segurança. Nada disso foi acrescentado, então porque o valor subiu tanto?”, questionou Eraldo Lira, 43. “Tem família que não tem condição de enterrar o ente querido”, acrecsentou.

Fonte: Diario de Pernambuco

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