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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Viver o luto para não viver de luto

A morte gera incertezas e temores, mas se a compreendermos sob a ótica cristã, poderemos enfrentá-la com esperança nas promessas de Deus


A morte assusta todos nós: ver-nos indefesos e frágeis diante dela gera incertezas, perguntas, mal-estar. Ao invés de fugir do tema, vale a pena entender o verdadeiro sentido da morte e, para isso, podemos recordar os seguintes aspectos, que nos ajudarão a ter uma visão cristãdesta realidade:

1. Recorrer aos sacramentos: unção dos enfermos, confissão e comunhão

Quando o momento se aproxima, é preciso procurar deixar este mundo livre de pesos e pecados, receber a unção dos enfermos, confessar-se e comungar. Assim, a esperança no encontro com Cristo, Bom Pastor, nos confortará. Se algum conhecido estiver nesta situação, podemos ajudá-lo procurando um padre para que o visite.

2. Compreender que a morte é um ato libertador

Jesus quis nos libertar com amor e entrega. Ele venceu a morte e nós podemos nos preparar para ela compreendendo que um ciclo terreno termina e começa o tempo de graça ao lado de Deus. Vale a pena recordar sempre que a morte e ressurreição do Senhor nos permite compartilhar a vida eterna com Ele.

3. Entender que a morte não é um castigo, mas a entrada da vida eterna

A morte entrou no mundo para purificar o pecado que herdamos dos nossos primeiros pais. Será o momento de prestar contas a Deus, que nos ama infinitamente. Nossa esperança e alegria é Cristo, que nos salvou. A morte nos abrirá as portas para a felicidade sem fim.

4. Conservemos com amor a lembrança das pessoas queridas que partiram

Ainda que não estejam fisicamente conosco, todos os seus ensinamentos e os momentos compartilhados continuam vivos em nossos corações. Honremos sempre sua memória como um tesouro precioso que nos acompanhará durante a vida inteira.

5. Acompanhar, aconselhar e ajudar os familiares dos que partiram

Quando perdemos alguém, é comum nos refugiarmos na solidão, nas lágrimas, no silêncio, na depressão. Nossa tarefa cristã é acompanhar as pessoas que passam por isso, recordando tudo o que a pessoa falecida fez de bom ao longo de sua vida, e que sua morte não é um fim, mas uma continuidade no amor de Deus.

6. Buscar ajuda espiritual

Quando a dor quer tomar conta de nós, é preciso evitar as depressões prolongadas. Se for muito difícil superar o luto, busquemos ajuda em um sacerdote ou diretor espiritual para recordar as razões da nossa esperança cristã.

7. Evitar falar de dinheiro e herança na fase de luto

Tudo tem seu momento, e é preciso evitar possíveis brigas familiares nas fases mais sensíveis e dolorosas. Busquemos, em primeiro lugar, as coisas do alto, não as coisas da terra.

8. Doar os pertences do falecido

Doar os pertences (especialmente roupas) da pessoa falecida é uma obra de caridade, uma maneira de viver as obras de misericórdia e prolongar o bem que a pessoa fez em vida. Além disso, o contato com os pertences de quem partiu pode prolongar nossa dor.

9. Evitar práticas supersticiosas ou espíritas para diminuir nossa dor

Algumas empresas, visando lucro, oferecem rituais que não são compatíveis com a verdadeira vida cristã. E a tentação de recorrer a práticas do espiritismo para ter um suposto contato com o falecido também pode ser forte. Mas a dor não pode nos desviar da nossa fé, e nossa confiança deve estar sempre posta em Deus, em sua graça e em suas promessas.

10. Orar pelo eterno descanso de quem partiu

Este é o maior ato de amor que podemos ter com nosso ente querido. Oferecer orações e missas pelos defuntos é algo que só nós podemos fazer. Estas orações nos confortarão e ajudarão os defuntos em seu caminho de purificação no purgatório.

Fonte: Aleteia

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