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quarta-feira, 9 de julho de 2014

EUA desenvolvem chip contraceptivo com controle remoto

Um chip de computador contraceptivo, que pode ser acionado por controle remoto, foi desenvolvido em Massachusetts, nos Estados Unidos. O chip é implantado sob a pele de uma mulher, liberando uma pequena dose do hormônio levonorgestrel a cada dia.


Esse processo acontece diariamente por até 16 anos, mas pode ser interrompido a qualquer momento por meio de um controle remoto sem fio. O projeto foi apoiado por Bill Gates e passará por teste nos Estados Unidos no próximo ano – e, possivelmente, será colocado à venda em 2018.

O dispositivo mede 20mm x 20mm x 7mm e terá “preços competitivos”, disse um de seus criadores.

Facilidade – Doses minúsculas do hormônio são armazenadas em um microchip de 1,5cm no interior do dispositivo. Uma pequena carga eléctrica derrete uma vedação ultra-fina que cobre o levonorgestrel, liberando uma dose de 30 microgramas no organismo.

Existem outros tipos de implante contraceptivo disponíveis, contam os pesquisadores, mas eles requerem que a paciente procure uma clínica para ser submetida a um procedimento ambulatorial para desativá-los.

“A capacidade de ligar e desligar o disposito traz mais facilidade para aqueles que estão planejando ter uma família”, disse o Dr. Robert Farra, do MIT.

O próximo desafio da equipe é garantir que o dispositivo seja absolutamente seguro a ponto de evitar a ativação ou desativação de outra pessoa sem o conhecimento da mulher.

“A comunicação com o implante precisa ocorrer à distância da pele”, disse o Dr. Farra. “Alguém do outro lado da sala não pode re-programar o seu implante”.

Implante – A mesma tecnologia também pode ser utilizada para administrar outros medicamentos. Simon Karger, chefe de negócios e intervenções cirúrgicas da consultoria global de desenvolvimento de produtos e tecnologia Cambridge Consultants, disse que a tecnologia de implante – como é o caso do chip contraceptivo – enfrenta uma série de desafios e riscos.

Mas ele acrescentou que, em geral “o valor para o paciente desses tipos de implante pode ser enorme” e prevê “um futuro com muitos tratamento utilizando implantes inteligentes”.

Tal inovação vem em um momento em que os governos e organizações em todo o mundo concordaram com um planejamento familiar abrangendo cerca de 120 milhões mais mulheres em 2020.

O desafio abre as portas para que este tipo de tecnologia de implante seja utilizado em áreas onde o acesso a anticoncepcionais tradicionais é limitado – uma prioridade, argumentou o engenheiro biomédico Gavin Corley. “Mais do que uma necessidade de primeiro mundo, essa é uma aplicação humanitária “, disse à BBC. 

Fonte: G1

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