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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Prefeitura avalia possibilidade de receber carga tóxica em porto de São Francisco do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina

Está para chegar um navio carregado de coque verde de petróleo


Depois do episódio doincêndio químico em São Francisco do Sul em setembro do ano passado, a Prefeitura tornou ainda mais rígidos os critérios de armazenagem e transporte de cargas no município. Quase um ano depois, a cidade se depara com outra situação que pode colocar em risco os moradores. Está para chegar um navio que pretende descarregar no porto público uma carga conhecida como coque verde de petróleo, ou coque de petróleo. Para definir o futuro da carga, uma reunião foi realizada na sexta-feira à tarde.

Representantes da prefeitura, do porto e do operador portuário participaram da reunião. Uma das definições desta tarde é que assunto deve ser analisado com mais profundidade e não haverá desembarque até que se chegue a um consenso, como apontou a notificação enviada ao porto pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente nesta semana. 

De acordo com a secretária municipal de Meio Ambiente, Fernanda Vollrath, a carga é composta por enxofre, metais pesados e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos os quais são tóxicos e podem comprometer a saúde humana e poluir o meio ambiente tanto pelo pó químico proveniente do produto, quanto por sua queima. 

— Já notificamos o porto para que esta carga não desembarque aqui até que se tenha total consciência da periculosidade do produto — afirma Vollrath.

A secretária ainda fundamenta que a principal razão para todas estas medidas é o impacto ambiental em função da fuligem preta que fica dispersa no ar. A situação ainda pode ser agravada com o inadequado manuseio da carga, tendo em vista que em função dos seus componentes químicos, é tóxica, Além disso, de acordo com informações da fabricante do produto, a Petrobras, a água fica inutilizável para qualquer finalidade se entrar em contato com o produto. 

— É um produto químico derivado do petróleo e é perigoso. Até onde sabemos, o município não tem armazéns propícios para este produto, além disso, não queremos colocar em risco a saúde dos trabalhadores portuários nem da população. A carga apresenta toxicidade e é cancerígena — alega.

Agora a Secretaria de Meio Ambiente aguarda o protocolo da documentação sobre o produto para poder analisar e, então, se pronunciar oficialmente sobre o assunto.

Caso em Imbituba

Esta carga já é conhecida no Porto de Imbituba, tanto que existe uma ação civil pública (nº 000235649.2011.8.24.0030) na qual o Ministério Público apurou inúmeras potencialidades lesivas do coque de petróleo ao ambiente e à saúde humana.

As consequências negativas do manuseio desta carga na cidade catarinense já são sentidas pela população. O assunto é pauta de um blog de notícias da cidade (blogpenadigital.com) em que há relatos de que "a poluição causado pelo coque verde de petróleo continua forte e não diminui, mesmo com a instalação de windi fence (uma tela com mais de 35 metros de altura), em outubro de 2013, que tinha como objetivo criar uma barreira contra o vento e reduzir em 80% a poeira lançado no ar". O blog ainda relata que os moradores da Praia da Vila, em Imbituba, um importante reduto ecológico e de surfistas, já estão sentindo os efeitos do pó químico exalado do depósito de coque de petróleo nas proximidades do porto.

Fonte: A Notícia

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