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terça-feira, 22 de setembro de 2015

ONG adverte para aumento de investimento brasileiro em combustíveis fósseis

O compromisso do Brasil em reduzir suas emissões de gases poluentes pode ser comprometido pelo investimento em combustíveis fósseis no período 2014-2023, com 71% do total, advertiu o relatório divulgado nesta segunda-feira pela ONG World Resources Institute (WRI) e pela USP.


Apenas 22% do total de investimentos previsto, R$ 1 trilhão para o setor de energia até 2023, está dirigido a fontes renováveis.

O estudo alerta que, se os recursos destinados as energias renováveis não subirem nos próximos anos, o Brasil, que já é o sétimo maior emissor de gases poluentes no mundo, passará a ter um percentual maior de fontes poluentes em sua matriz energética.

Segundo o relatório Oportunidades e Desafios para Aumentar as Sinergias entre as Políticas Climáticas e Energéticas no Brasil, o país conta com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, por ter grande parte do abastecimento nacional com hidrelétricas, mas o aumento do uso de combustíveis fósseis o faz caminhar na contramão da maioria dos países.

“Em contraste com muitas das maiores economias emergentes, a matriz energética do Brasil é cada vez mais intensiva em carbono pelo aumento da dependência de combustíveis fósseis”, argumentou.

O relatório foi realizado a partir dos dados do Plano de Energia lançado pelo governo em 2014 e outras informações do Ministério de Minas e Energia e da Empresa de Pesquisa Energética.

Segundo os responsáveis pelo estudo, o pesquisador Oswaldo Lucon da USP e a coordenadora de projetos para o clima da WRI Brasil, Viviene Romeiro, o aumento das emissões pelo setor de energia jogam por terra os esforços que o país fez para reduzir as emissões geradas pelo desmatamento da Amazônia.

Enquanto entre 2005 e 2011 Brasil reduziu em 74% as emissões do desmatamento graças a um esforço que permitiu reduzir a devastação da maior floresta tropical do mundo a mínimos históricos, as emissões do setor de energia cresceram 24% no mesmo período.

Para reverter essa tendência, o estudo recomenda o aumento da eficácia e a busca de alternativas menos poluentes para o setor de transportes.

“Com exceção de algumas cidades, o Brasil oferece poucos incentivos para a adoção de sistemas de transportes mais eficazes e menos poluentes, como metrô, trem e ônibus alimentados com etanol ou gás”.

O estudo também sugeriu medidas para melhorar o transporte público, diminuir o número de carros nas ruas, aumentar o bem-estar da população e reduzir a poluição.

Outra recomendação é o aumento dos investimentos em energias renováveis, principalmente na eólica e na solar.

“Existem oportunidades significativas inexploradas pelo Brasil nessa área: a alta incidência dos raios solares, os custos em baixa e a forte interação entre o setor de energia solar e as indústrias de componentes eletrônicos”, segundo o texto.

O estudo conclui que todos esses investimentos recomendados em energia renovável, eficácia energética e transporte em massa, assim como a redução dos subsídios para os combustíveis fósseis, têm potencial para reduzir as emissões do setor de energia no Brasil em pelo menos 40%. 

Fonte: UOL

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