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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Cientistas japoneses criam rim para transplante em laboratório

Cientistas no Japão anunciaram que estão mais perto de criar em laboratório rins totalmente funcionais, após testes promissores em porcos e ratos.

Em um estudo divulgado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS), a equipe de pesquisadores da Universidade Jikei, em Tóquio, explica que os órgãos, desenvolvidos a partir de células-tronco, foram transplantados para os animais e funcionaram como rins naturais no que diz respeito à passagem de urina – anteriormente, essa operação tinha sido um problema, com a pressão da urina causando inchaços.

O problema foi resolvido com a criação de mais canais para o escoamento do líquido.

Fila – O anúncio dos cientistas japoneses representa uma esperança para as milhares de pessoas no mundo que estão na fila de espera para transplantes de rim. No Brasil, segundo diversas entidades, há pelo menos 35 mil pessoas na fila.
A técnica, desenvolvida a partir de células-tronco, ainda não foi usada em humanos.

Existem no mundo outros projetos de criação de órgãos em laboratório, mas o que faz o projeto da Universidade Jikei diferente é que ele também inclui a criação de uma bexiga extra. Quando conectada ao aparelho urinário de ratos, o conjunto funcionou por pelo menos oito semanas sem problemas.

Os mesmos resultados foram obtidos nos testes com os porcos.
“Trata-se de um interessante passo adiante. Os dados relacionados aos testes com animais são fortes”, afirma Chris Mason, especialista em células-tronco da University College London.

“Mas não podemos dizer se vai funcionar em humanos. Ainda estamos anos longe disso. Mas no caso dos rins, ao menos temos terapias como a diálise, que podemos usar em pacientes enquanto crescemos rins em laboratório quando isso for possível”.

Outras técnicas sendo estudadas por cientistas incluem o “rejuvenescimento de órgãos”. Na Universidade Harvard, nos EUA, a equipe chefiada por Harald Ott desenvolveu uma técnica que “lava” o tecido de órgãos mortos e deixa um estrutura que pode ser “repopulada” com novas células. Ott e sua equipe já conseguiram desenvolver rins e pulmões com essa técnica.

Fonte: G1

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