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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Com cemitérios lotados, gregos precisam 'reciclar' túmulos

Corpos precisam ser exumados após prazo de aluguel de túmulos expirar


George Vlassis voou quase 500km, de Atenas para a ilha de Corfu, na Grécia, para enterrar seu pai. Os ossos haviam sido exumados de um cemitério na capital grega e colocados em uma caixa de metal, levada no avião.

"Tive que alertar os funcionários do aeroporto sobre o que encontrariam na caixa", diz Vlassis.

Depois desta longa viagem, ele enterrou a caixa em um cemitério privado no povoado na ilha onde vive e, assim, finalmente, conseguiu um lugar permanente para os restos mortais de seu pai.

Na Grécia, histórias assim não são incomuns.

Túmulos de aluguel 
Enterros têm sido temporários nas grandes cidades, devido à pouca disponibilidade de terras e à superlotação nos cemitérios existentes na capital e em Salônica, a segunda maior cidade do país.

E, como não há crematórios na Grécia, os espaços existentes em cemitérios têm de ser reutilizados com frequência.

Por isso, túmulos costumam ser alugados, e os contratos duram em média três anos.

"Isso custa para uma família cerca de US$ 2,2 mil (R$ 6,6 mil) e US$ 3,3 mil ao longo deste período", explica Antony Alakiotis, do Comitê de Cremação, na Grécia.

Quando o prazo se encerra, as famílias são chamadas para testemunhar a exumação dos restos mortais do falecido e buscar um novo destino para eles.

Os familiares podem pagar para depositá-los em um ossuário, mas alguns preferem enterrar seus entes queridos de novo em cemitérios regionais.

Caso familiares não estejam presentes na exumação, os ossos desenterrados são dissolvidos com soluções químicas e o que sobra é colocado em uma fossa comum.

Fonte: Portal Terra

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