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terça-feira, 23 de maio de 2017

Administradora pedia verbas para despesas em cemitério

Em depoimento na CEI, Marisa Alves falou que não fazia exigências, mas apenas solicitava o dinheiro para comprar materiais que estavam em falta

A administradora do Cemitério do Parque Gramado, de Americana, Marisa Alves, defendeu nesta sexta-feira em seu depoimento à CEI (Comissão Especial de Inquérito) na câmara, a tese de que pedia dinheiro a funcionários e empreiteiros que atuam no local somente para uso no próprio local. Segundo ela, que é acusada de cobrança de propina, não havia exigência pela colaboração, diferente do que dizem seus acusadores. Para a administradora, ela é alvo de perseguição dos funcionários porque fez mudanças na gestão que desagradaram os servidores.

Na oitiva desta sexta-feira, o vereador presidente da CEI, Thiago Brochi (PSDB), questionou a administradora sobre todas as denúncias contra ela. Na sessão, Marisa ouviu aos áudios de 14 funcionários e empreiteiros que atuam no cemitério relatando que haviam visto ou sido cobrados por ela para que dessem dinheiro. A administradora, entretanto, negou que exigia pagamentos, mas que apenas pedia contribuições diante da falta de verbas do cemitério.

“Nunca exigi nada, só pedia ajuda para a compra de materiais que estavam em falta, como veneno para o mato, rastelos, facas, papel higiênico, entre outras coisas, porque todo mundo sabe a situação atual da prefeitura”, afirmou ela em depoimento.

Marisa Alves falou ao presidente da CEI sobre os problemas no cemitério

Segundo o relato da administradora, quando assumiu a gestão, ela promoveu mudanças, como a solicitação de um imóvel que era usado pelos funcionários para descanso. “Os funcionários ficavam lá o tempo todo, principalmente os coveiros. Eu precisava ir lá buscar para trabalharem. Tinham caixa de som, televisão, era tipo de um esconderijo, com geladeira e tudo. Para tirar de lá para trabalhar, era muito duro. Estava sendo difícil trabalhar daquela maneira”, relatou Marisa.

A administradora disse que era alvo, inclusive, de piadas racistas. “Eles falavam ‘nunca foi assim aqui, a senhora quer mandar’. E faziam piadinhas quando eu ia lá pedir para trabalharem. Falavam ‘eu vou matar a princesa Isabel, porque ela não assinou de lápis’. O racismo não vai acabar nunca, e eu não ligava, desde que trabalhassem”, relatou. Ela contou também que trocou as fechaduras do local, já que todos tinham acesso facilmente, entre outras mudanças.

Para o advogado de Marisa, Marcelo Biancalana, essas mudanças geraram uma perseguição. “A nomeação da Marisa veio para colocar ordem, e foram corrigidas falhas que existiam dentro do cemitério”, afirmou.

O presidente da CEI afirmou que serão analisadas as notas das doações, apresentadas pela administradora. “Ficou claro que ela não exigia o dinheiro, mas pedia para usar no cemitério, e agora ela trouxe as notas e vamos analisar com cuidado. A abertura da CEI foi pela suposta cobrança de propina. Ela não exigia, mas ela pediu e pedir é irregular. Os denunciantes não tinham provas, só relataram, mas é estranho 14 pessoas ouvidas confirmarem que ela fazia os pedidos”, afirmou o vereador.

Fonte: Jornal Liberal

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