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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PF prende 2 de empresa de esgoto por omissão em tratamento de água no Piauí

A Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí) está sendo investigada pela PF (Polícia Federal) sob suspeita de poluir as águas dos rios Poti e Parnaíba, em Teresina, Piauí, com o derramamento de esgotos sem tratamento. Nessa quarta-feira (30), a PF desenvolveu a operação “Rio Verde” e prendeu dois servidores da companhia responsáveis pelos setores de tratamento e distribuição de água. Eles são acusados de omissão e crime ambiental porque sabiam da contaminação e não tomaram providência para resolver o problema.


O engenheiro sanitarista Kleton Barata, que trabalha na Estação de Tratamento de Esgotos da zona Leste de Teresina, e o Diretor de Operação e Expansão do Interior, José de Araújo Dias, foram presos em flagrante, mas já estão em liberdade. A família de Baratta conseguiu um habeas corpus; já Araújo Dias pagou a fiança de 20 salários mínimos, o equivalente a R$ 13.500.

Segundo o delegado da PF Carlos Alberto Nascimento, os dois servidores da Agespisa estariam sendo omissos em “saber que os esgotos estão sendo despejados nos rios sem tratamento, poluindo os dois rios e não tomaram providências”.

Segundo a polícia, foram encontrados esgotos oriundos das ETEs (Estação de Tratamento de Esgoto) sendo despejados nos dois rios sob a suspeita de não receberem o tratamento para não poluir os mananciais. A polícia observou que próximo aos despejos dos esgotos existem formações de espumas e tapetes de aguapés (planta aquática que sobrevive com a poluição da água) no leito dos rios.

Cerca de 80 policiais participaram da operação “Rio Verde”, que coletou amostras das águas descartadas pela Agespisa e pela Ambev (Companhia de Bebidas das Américas), localizada em Teresina, que é suspeita de poluir o rio Parnaíba com produtos químicos.

Agentes da PF estiveram também na Ambev e coletaram material do esgoto da indústria. Em nota, a empresa informou que protocolou documentos, laudos e análises da água descartada pela empresa no rio Parnaíba e destacou que “não há qualquer relação entre a sua Estação de Tratamento de Afluentes e a citada poluição do rio Parnaíba”.

A Polícia Federal informou que apreendeu documentos relevantes para subsidiar a investigação e elaboração de análises e laudos periciais sobre a situação dos rios Parnaíba e Poti “diante do quadro de extremo risco para a saúde pública em face da presença de metais pesados e de contaminação biológica físico-química”. As análises vão apontar se a água que está sendo despejada nos rios está sendo tratada ou não. A polícia não informou quando sairá os resultados das análises dos materiais coletados.

Agentes federais percorreram os leitos dos rios Poti e Parnaíba para encontrar fontes poluidoras. Eles encontraram esgotos da Estação de Tratamento de Esgoto da zona Norte, no bairro Acarapé, sendo despejado nas águas do rio Poti.

Resposta – A Agespisa informou que existe um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para que sejam desenvolvidas ações de combate à poluição dos rios Poti e Parnaíba, além da retirada de grande parte dos aguapés. “A poluição existente nos rios Parnaíba e Poti é fato publico e notório, porém é resultado de processo histórico e, que a empresa se dispõe a contribuir de todas as formas com repressão aos reais autores de tal conduta”.

A agência também destacou que não oferta água para consumo humano sem seu devido tratamento e está prestando todas as informações à polícia para que os fatos sejam esclarecidos. Por fim, classificou com ilegal a prisão dos dois funcionários, pois em nenhum momento, se furtaram a prestar todas as informações necessárias à investigação policial. 

Fonte: UOL

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