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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Gás metano da Antártica pode agravar aquecimento global

Um grande volume de metano, um dos gases do efeito estufa, pode ter sido produzido sob o manto de gelo da Antártica ao longo de milhões de anos. Caso ele seja liberado para a atmosfera por um degelo, ele pode agravar o aquecimento global, mostrou estudo divulgado nesta quarta-feira (29).


Cientistas das universidades de Bristol, Utrecht, Califórnia e Alberta simularam o acúmulo de metano nas bacias sedimentares da Antártica usando modelos e cálculos. Eles descobriram que é provável que micro-organismos podem ter conseguido converter os grandes depósitos de carbono orgânico do manto de gelo no gás potente. 

Caso esteja presente, o metano provavelmente está preso sob o gelo. Mas ele pode ser liberado para a atmosfera à medida que as crescentes temperaturas derretem a camada de gelo, alimentando ainda mais o aquecimento global, descrevem os cientistas em artigo da revista científica Nature.

"O Manto de Gelo Antártico pode constituir um componente previamente negligenciado do inventário de hidrato de metano global, embora exista uma incerteza significativa", afirmaram os cientistas. O metano permanece na atmosfera por até 15 anos, e os níveis têm aumentado nos últimos anos, seguindo um período de estabilidade desde 1998. 

O gás normalmente é retido como "hidrato de metano" em sedimentos sob um leito marinho. O hidrato de metano é uma forma de gelo contendo uma grande quantidade de metano, que é estável, em geral. Quando a temperatura sobe, o hidrato se quebra e o metano é liberado do leito marinho, dissolvendo-se em sua maior parte na água do mar. Mas, se o metano se romper na superfície do mar e escapar para a atmosfera, ele pode intensificar o aquecimento global.

Os cientistas já identificaram milhares de locais no Ártico onde o metano está sendo liberado na atmosfera, mas o potencial para a formação de metano sob o Manto de Gelo Antártico tem sido muito menos estudado.

Fonte: UOL

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