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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Fernando de Noronha quer reduzir emissões de carbono

Ainda com problemas ambientais a resolver, o arquipélago de Fernando de Noronha quer se tornar o primeiro território brasileiro com compensação total da emissão de dióxido de carbono (CO2).


A iniciativa é do governo de Pernambuco, Estado ao qual as ilhas pertencem. A gestão elaborou um plano com recomendações para atingir a meta, entre elas o uso de energia solar.

O plano é anunciado pouco tempo após o governador Eduardo Campos (PSB) fechar aliança política com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PSB), buscando lançar pontes ao público ambientalista.

Noronha emite por ano 32.310 toneladas de CO2 equivalente (soma de todos os gases que provocam o efeito estufa). Isso corresponde a oito toneladas de CO2 por pessoa por ano, valor superior à média anual per capita no Brasil, de 2,3 toneladas.

Segundo o secretário do Meio Ambiente de PE, Sérgio Xavier, o transporte aéreo é o principal responsável pela produção de CO2 (53%), seguido pela geração de energia (32%) e itens como agricultura, transporte marítimo e produção de resíduos (15%).

“Vamos discutir alternativas e tentar convencer empresas e a sociedade a contribuir com a redução das emissões.”

Se as recomendações não forem seguidas, será preciso plantar por ano o equivalente a 120 campos de futebol de mata atlântica durante 30 anos para compensar o carbono produzido no local.

A Celpe (Companhia Energética de Pernambuco) está construindo no arquipélago duas usinas de produção de energia solar que devem ficar prontas até o final de 2014. O governo discute também projetos de uso de energia eólica e veículos elétricos.

Enquanto não zera suas emissões de CO2, Noronha tem que lidar com outros problemas ambientais motivados pelo avanço do turismo.

A frota de veículos local praticamente dobrou entre 2001 e 2013 . Também houve um aumento no número de pousadas e turistas, o que eleva o volume de lixo. Fernando de Noronha produz entre 180 e 200 toneladas de lixo por mês. Parte é tratada no arquipélago e o restante é levado para o continente.

Hoje, segundo a administração do arquipélago, há 400 toneladas de lixo sem previsão de serem trazidas para o continente por causa do período de grandes ondas e por questões burocráticas. 

Fonte: Folha.com

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