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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Cemitérios e crematórios de animais de estimação se multiplicam pelo país

  A gente não quer. Faz o que pode para evitar. Prefere, muitas vezes, nem pensar no assunto. Mas um dia eles se vão. Há duas semanas, foi assim com Mel, minha primeira vira-lata da vida adulta, que estava comigo havia 17 anos. 


Não preciso falar da dor, da saudade, de como queria que esse dia nunca tivesse chegado. Entretanto, chegou. E talvez eu ajude mais se contar o que, naquela hora, amenizou o meu sofrimento. 

Mel morreu em casa, num sábado, no começo da noite. O que fazer? A primeira opção seria levar o corpinho dela à clínica veterinária mais próxima e aberta 24 horas, de onde ele seria recolhido pela prefeitura com o lixo hospitalar. 

É a alternativa mais barata (a maioria cobra uma taxa simbólica), mas, muitas vezes, nos falta força física e emocional para ir atrás da solução. Era o meu caso naquele sábado. Além disso, muitas famílias se incomodam com a ideia de que o animal siga para um aterro público. 

Pensando em enterrar o animal, como se faz qualquer outro membro da família, algumas pessoas cavam buracos no quintal ou em terrenos vazios. Fazer isso, no entanto, é crime, que pode ser punido com multa e prisão, segundo a lei de crimes ambientais. Isso porque, em decomposição, o corpo produz o mesmo chorume que o lixo, que atinge o solo e os lençóis freáticos, contaminando tudo. 

É na esteira desse impasse que se multiplicam os cemitérios e crematórios de animais de estimação. Contei 15 deles no país inteiro na semana passada, numa rápida busca pela internet. 

Os serviços são bem variados. Quem não quer cerimônia nem pretende guardar as cinza do animal, pode optar por uma cremação coletiva. Os mais apegados podem fazer velório ornamentado (familiares acompanham a cerimônia pela internet), cremação individual e levar as cinzas para casa em urnas personalizadas de bronze, granito, madeira reciclável. Todos atendem 24h e retiram o animal onde ele estiver. Os preços variam de R$ 500 a mais de R$ 2.500. 

Foi a minha opção: em cerca de uma hora, o carro de um desses serviços levou o corpo de Mel. As cinzas foram devolvidas três dias depois e, então, espalhadas pelo jardim, onde já estão Dodi, Jade, Lula e Pompom. 

Foi melhor assim. Fico com a sensação de que eles seguem por perto, mas sem colocar em risco a saúde de ninguém. 

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/colunas/silviacorrea/2016/10/1818614-cemiterios-e-crematorios-de-animais-de-estimacao-se-multiplicam-pelo-pais.shtml

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