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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Conheça o roteiro temático do cemitério da Consolação, em São Paulo

Pode parecer sombrio e até mesmo bizarra a ideia de fazer um passeio em algum cemitério. Afinal, sempre que precisamos visitá-los é para uma ocasião triste, onde nos despedimos de pessoas queridas e voltamos para casa com uma sensação de vazio e fragilidade da vida.


Entretanto, o que muita gente não sabe - ou nunca parou para pensar - é que muitos deles são verdadeiros museus a céu aberto, e é o caso do Cemitério da Consolação. Por isso, o Serviço Funerário instituiu a visita guiada, criando um roteiro para conhecer os túmulos de personalidades ilustres e as obras de arte instaladas nos túmulos. A visitação é aberta para estudantes, professores, pesquisadores, turistas, entre outros.

Assim, para que você saiba mais a respeito e entenda o que faz do local um atrativo cultural, o Guia da Semana lista os pontos mais interessantes. Confira: 

ARTE TUMULAR

Antes de qualquer coisa, é importante dizer que existe um tipo de arte especial para os cemitérios: a Arte Tumular. Extremamente famosa e valorizada nos séculos 18 e 19, as obras eram feitas para ficar em cima das sepulturas tanto dos cemitérios quanto também de igrejas. 

Ligada ao contexto histórico, social, econômico e ideológico da época, tinha como inspiração a interpretação da vida e da morte, feita com símbolos e materiais como ferro fundido, granito, mármore, bronze e ferro.

Hoje em dia, é muito menos utilizada e valorizada devido a chegada dos cemitérios em forma de jardim.

TÚMULO DE GRANDES PERSONALIDADES


O Cemitério possui túmulos de personalidades como Monteiro Lobato, Tarsila do Amaral, Ramos de Azevedo, José Bonifácio de Andrada e Silva (o Patriarca da Independência), Antoninho da Rocha Marmo, Mário e Oswald de Andrade, além de obras de importantes escultores, tais como Victor Brecheret, Nicola Rolo, Luigi Brizzolara, entre outros.

OPORTUNIDADE DE PASSEARMOS COM NÓS MESMOS


Pode parecer estranho, mas andar pelo Cemitério da Consolação é uma oportunidade de estarmos conectados com nossa alma coletiva e também de fazermos uma visita a nós mesmos, descobrindo e confirmando configurações objetivas no sentido de entender o que fazemos e também o que deixamos de fazer - uma sobra das significações fundamentais que orientam nossa mentalidade coletiva na visão de mundo nos últimos séculos.

CAPELA 


A capela de colunas gregas foi construída em 1902 e é de autoria do arquiteto Ramos de Azevedo. Uma das paradas obrigatórias durante a visita. 

Fonte: Guia da Semana

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