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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Emissão de gases-estufa deve passar limite ideal até 2020, alerta ONU

As emissões de gases do efeito-estufa em 2020 serão entre 8 e 12 bilhões de toneladas a mais do que o nível necessário para manter o aquecimento global em apenas 2º C e evitar uma grave mudança climática, estimou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado nesta terça-feira (5).


O relatório anual do Programa nas Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) analisou as atuais promessas de países para reduzir as emissões, e se seriam suficientes.

O estudo constatou a diferença de 8 a 12 bilhões de toneladas por ano a partir da análise das promessas feitas por governos e reduções necessárias que os cientistas estimam para 2020, com intuito de evitar os efeitos potencialmente devastadores do aquecimento global. A estimativa foi pouco diferente do levantamento de 8-13 bilhões do ano passado.

É “cada vez mais difícil” manter o rumo para limitar os aumentos de temperatura, e a ação global é necessária para acabar com a diferença de emissões, diz o relatório. Em 2010, os países concordaram em agir para limitar o aumento de temperatura, mas muitos não conseguiram fazer as reduções de emissão para respaldar as promessas.

Negociação climática – Representantes de mais de 190 países vão se reunir em Varsóvia, na Polônia, na próxima semana para uma conferência da ONU para discutir cortes de emissões sob um novo pacto climático, que será assinado até 2015, mas que só entrará em vigor em 2020.

Cientistas disseram que as emissões anuais não poderiam ser de mais de cerca de 44 bilhões de toneladas (gigatoneladas) por ano até 2020 para ter uma boa chance de limitar o aumento geral da temperatura a menos de 2º C.

As emissões totais globais de gases que provocam o efeito-estufa em 2010 já são de 50,1 gigatoneladas, destacando a escala da tarefa adiante. “Ação adiada significa uma taxa maior de mudança climática no curto prazo e provavelmente impactos climáticos no curto prazo, assim como o uso continuado de infraestrutura intensiva de energia e intensiva de carbono”, disse o subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, em comunicado.

Ação global para redução – Estudos mostraram que as emissões poderiam ser reduzidas em 14-20 gigatoneladas/ano a um custo de até 100 dólares por tonelada de dióxido de carbono equivalente se as promessas fossem mais ambiciosas e expandidas para incluir todos os países e mais indústrias, dizia o relatório.

O relatório cita o aumento da eficiência energética, energia renovável, melhorias nas práticas agrícolas e a reforma de subsídios ao combustível fóssil como maneiras de diminuir as emissões.

“Conforme seguimos para Varsóvia para a última rodada de negociações climáticas, há uma necessidade real de aumento da ambição por todos os países: ambição que pode levar os países mais rápido e mais longe na direção de resolver as lacunas das emissões e de um futuro sustentável para todos”, disse Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção Básica das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, no comunicado. 

Fonte: G1

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