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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Mudanças climáticas ameaçam exilados nucleares do atol de Bikini

Os nativos do atol de Bikini, que há 70 anos foram evacuados para ilhas vizinhas devido aos testes nucleares americanos no Pacífico, agora estão ameaçados pela elevação do nível do mar e pedem a ajuda de Washington para seu realojamento.
Há décadas, os moradores do atol de Bikini vivem em Ejit e Kili, outras duas ilhas do arquipélago das Marshall.

Kili é inóspita e não dispõe de lago onde possam pescar, nem de um atracadouro seguro para suas embarcações.

Além disso, há quatro anos, o aquecimento global causa inundações regulares nestas ilhas. Por isso, o Conselho de Bikini pede ajuda aos Estados Unidos para realojar os moradores exilados desde o início dos testes nucleares, em 1946.

Os Estados Unidos realizaram 24 testes nucleares no atol nos anos 1950. Em março de 1954, realizou uma explosão em Castle Bravo, considerada mil vezes mais potente do que a bomba atômica lançada sobre Hiroshima.

“Talvez não tenhamos outra opção do que ser relocalizados”, declarou o prefeito de Bikini, Nishma Jamore. “As mudanças climáticas são reais. Nós as notamos e experimentamos. Não teremos escolha no futuro”, disse.

O Conselho de Bikini adotou nesta quinta-feira duas resoluções que pedem ao fundo de relocalização, instaurado pelos Estados Unidos em 1982, ajuda para que os moradores se estabeleçam fora das ilhas Marshall, uma nação do oeste do Pacífico.

Muitos moradores querem ir para os Estados Unidos, mas o regulamento do fundo proíbe custear gastos fora das Ilhas Marshall.

Uma das resoluções insiste em que a relocalização em Kili “continua tendo graves consequências psicológicas” para os habitantes. Kili e Ejit “têm sido inundadas por grandes ondas nos últimos cinco meses, o que tem contaminado os poços das duas ilhas”, acrescentou o texto.

Os nativos do atol consideram que os Estados Unidos têm a responsabilidade moral por seu bem-estar e acusam o país de não ter se esforçado para sanear o local. “Deve limpar Bikini de verdade”, declarou o conselheiro Lani Kramer. “Embora não voltemos, devem limpá-la”, acrescentou.

Fonte: UOL

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