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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Salas de velório recém-reformadas estão fechadas há meses em cemitério do ABC

Obras no Cemitério Paulicéia, em São Bernardo do Campo, foram concluídas no fim do ano passado, mas até agora velórios não foram entregues à população.


As obras das novas salas de velório do Cemitério Paulicéia, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, foram concluídas há pelo menos cinco meses, mas até agora não foram entregues à população. A reforma, que começou em 2014, custou mais de R$ 2 milhões e, abandonada, já começa a se deteriorar, segundo moradores e comerciantes vizinhos.

A estrutura dos velórios está toda pronta. Teto de gesso novo, iluminação moderna embutida, bancos com detalhes cromados... espaços totalmente equipados para receber os caixões. Mas falta um “pequeno” detalhe: luz. Ainda não há energia elétrica nas novas dependências do cemitério.

Apesar de novo, o local já tem sinais de deterioração. Poeira e sujeira se acumulam no piso e nos vidros e rachadura e um pequeno dano já podem ser vistos na marquise. Quem é do bairro diz que o abandono ocorre por conta do problema da falta de energia.

O atraso na inauguração prejudica não só a vida dos parentes de finados, mas também a de comerciantes cujos negócios dependem do funcionamento do cemitério. A floricultura de Sebastião de Oliveira é um dos estabelecimentos mais afetados.

“Que atrasasse uns dois, três mêses, não seria tanto. Mas é que eles atrasaram muito mais, né?! Uma obra que era para dez meses ficar três anos é meio complicado para gente, né?!”, lamenta o comerciante.

Perto da floricultura de Sebastião funciona a lanchonete de Antônio Pinheiro, que também sofre para se manter após a interdição das salas de velório. O faturamento do estabelecimento dele caiu pela metade.

“É uma dificuldade para todo mundo porque a gente acaba vendendo 40, 50% do que vendia com 100% de despesa, que todo comerciante tem, né?! O cemitério funcionando é uma cadeia que acaba ajudando todo mundo”, conta ele.

A Prefeitura de São Bernardo do Campo afirma que os velórios ocorrem no Cemitério Euclides enquanto perdura a interdição no Paulicéia e que as novas salas de velório serão entregues no próximo sábado.

A administração municipal alega também que, ao assumir a gestão, constatou que ainda faltava concluir alguns itens da reforma, que estão sendo feitos aos poucos. Sobre a falta de energia, disse que fez o pedido em fevereiro e que a concessionária passou um prazo de 120 dias.

Fonte: G1

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