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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Suicídio: um assunto que deve ser colocado em pauta

Nunca houve tanto interesse, tanta curiosidade e tanta divulgação a respeito do suicídio como nos últimos meses. O tema é pauta no Brasil e no mundo, tomando conta das redes sociais, escolas e universidades. Mas a que se deve essa mudança de comportamento? Afinal, o tema sempre foi considerado um tabu e nunca foi amplamente discutido.


O jornalista e professor André Trigueiro, autor do livro ‘Viver é a melhor opção’, entende que essa situação viral se deve a três razões: em primeiro lugar, à série os Treze Porquês, veiculada no website Netflix; segundo à Baleia Azul, que ele se recusa a chamar de jogo, porque é uma armadilha fatal; e, em terceiro, à animação Pequena Loja de Suicídio, produzida para adultos, que – ao contrário do que se espalhou na mídia – não induz ao suicídio. Segundo ele, é uma crítica (malfeita) aos aspectos mórbidos da sociedade atual. 

Se o tema está no ar, precisamos buscar mais informações sobre o assunto. Não dá mais para tratá-lo como tabu. Sabemos que o suicídio, analisado sob os olhos de qualquer religião ou movimento espiritualista, é um equívoco. Em hipótese alguma representa alívio ou solução para os problemas. Mas isso é uma realidade e deve ser tratada como prioridade pela saúde pública. 
No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro), a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou que o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo. Um problema que se alastra silenciosamente. E, até agora, poucos países incluíram a prevenção ao suicídio entre suas prioridades de saúde e somente 28 relatam possuir uma estratégia nacional para isso.

A cada 40 segundos, um suicídio no mundo? Isso é sério mesmo! Olhem no relógio! Faz mais vítimas que o somatório de mortes em guerras + violência urbana + homicídios em geral. 

Para a OMS, as causas podem ser psicossociais, culturais e/ou ambientais: a pobreza, o desemprego, a perda de um ente querido, histórico familiar de suicídio, uso de drogas, isolamento social, problemas de saúde como a depressão, a esquizofrenia… Mas, seja qual for a causa, o problema existe e precisa ser enfrentado. Precisamos fazer algo além dessa mera coleta de números. 

Portanto, vamos olhar à nossa volta. Oferecer ajuda, apoio, esperança... ouvir e tentar conduzir para uma ajuda especializada. Porque isso é um problema de saúde. Se encontrarmos alguém com problemas, vamos conversar, conquistando a confiança, com sinceridade. Frases como “Eu quero saber o que você está passando”, “Pode contar comigo”, ditas em um tom amistoso, sem julgar ou dar receitinhas, podem fazer a diferença na vida da pessoa que passa por um momento delicado.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) faz exatamente isso, oferece um produto raro, precioso no mercado e de forma voluntária e sem publicidade: o acolhimento generoso, amoroso, e sob sigilo. O atendimento é gratuito via telefone (141), email, chat e Skype, 24 horas por dia.

Como método preventivo, o médico Américo Marques Canhoto destaca uma dica simples o objetiva que pode ajudar a salvar vidas: “Para atenuar a tendência depressiva, procuro inventar motivos e metas para levar o cotidiano; e começo a descobrir, a cada dia, que viver vale muito; e que é preciso voltar a ser criança – SEM EMBURRAR”.

A vida é bela. Precisamos viver com esperança de dias melhores, com a certeza do amor reinante, com a vontade de fazer o bem, para si e para os outros. Coloque em prática aquele velho ditado: “Faça o bem sem olhar a quem”, além de confortar o seu coração, você pode salvar a vida de alguém.

Fonte: Parque da Colina de Águas Mornas

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