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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Construções sustentáveis se tornam opção para consumidor consciente

A exemplo de outros setores da economia, a construção civil começa a mudar parâmetros para ofertar no mercado as chamadas construções sustentáveis ou verdes, cada vez mais procuradas por consumidores conscientes de que é preciso evitar o desperdício de recursos naturais que estão cada dia mais escassos e que, assim, representam uma ameaça às futuras gerações.

A energia eólica, considerada uma das mais limpas e produzida com força dos ventos, é uma das ferramentas usadas pelos empreendimentos verdes que se multiplicam pelo País.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), no âmbito da Agenda 21 para a Construção Sustentável em Países em Desenvolvimento, a construção sustentável é definida como “um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica”.

No contexto do desenvolvimento sustentável, o conceito transcende a sustentabilidade ambiental, para abraçar a sustentabilidade econômica e social, que enfatiza a adição de valor à qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades.

Os desafios para o setor da construção são diversos, porém, em síntese, consistem na redução e otimização do consumo de materiais e energia, na redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente construído.

Para tanto, recomenda-se: alteração dos conceitos da arquitetura convencional na direção de projetos flexíveis com possibilidade de readequação para futuras mudanças de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as demolições; busca de soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias renováveis; gestão ecológica da água; redução do uso de materiais com alto impacto ambiental, além da redução dos resíduos da construção com modulação de componentes para diminuir perdas e especificações que permitam a reutilização de materiais.

Liderança

São Paulo exerce a liderança no País nesse segmento. O Estado é o campeão em empreendimentos verdes, de acordo com levantamento do Conselho de Construção Sustentável do Brasil (GBC-Brasil), que representa oficialmente a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) – considerada o principal selo de construção sustentável do País.

Atualmente, o Estado paulista possui 80 edificações atestadas pelo selo Leed, além de outros 428 empreendimentos que já entraram com pedido de certificação. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar no ranking dos Estados com mais construções sustentáveis – são 12 edificações certificadas e 137 pedidos -, seguido por Paraná, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Juntos, estes seis Estados foram os principais responsáveis pela nova marca atingida pelo Brasil, conforme levantamento de junho: 100 empreendimentos certificados pelo selo Leed. Entre eles estão bancos, hospitais, escolas, laboratórios de saúde, supermercados e prédios comerciais, o que atesta a diversidade de setores que, cada vez mais, valorizam a construção sustentável no País.

“Outra prova disso é que o centésimo empreendimento Leed no Brasil é um centro de manutenção de uma garagem de ônibus rodoviários. Trata-se de um fato inédito”, ressalta Marcos Casado, diretor técnico do GBC-Brasil. O empreendimento fica no município de Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo.

Para Casado, um dos principais responsáveis pelo aumento da procura por certificação sustentável no Brasil – entre 2012 e 2013, o número de pedidos de certificação no País cresceu mais de 40% – foi a queda nos custos para “esverdear” as edificações. “Com o investimento de empresas em tecnologias e produtos verdes, conseguimos baixar consideravelmente os custos de investimentos em empreendimentos sustentáveis. Hoje, o custo varia entre 1% e 7% do valor da obra”, explica o especialista.

Atualmente, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking das nações com maior número de construções com certificação Leed, atrás de Estados Unidos, China e Emirados Árabes.

Energia solar

O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida começou há dois anos, com a obrigatoriedade do uso de energia solar em todos os novos empreendimentos destinados às famílias com renda máxima de três salários mínimos. A etapa incluiu 2 milhões de residências, das quais 1,2 milhão para famílias com renda máxima de três salários mínimos.

A construção civil responde por 42% do consumo de toda a energia gerada no País. O setor de ar-condicionado representa sozinho o consumo de 50% a 70% da energia de um edifício. Para mudar essa realidade, algumas empresas apostam em produtos menos dispendiosos. A Trane, que responde por 25% do mercado de ar-condicionado central no Brasil, por exemplo, desenvolveu sistemas que conseguem obter uma economia de energia em torno de 20%.

Segmento de ar-condicionado no Nordeste

A região Nordeste representa, atualmente, 12% do mercado de ar-condicionado no Brasil, e tem o segundo maior potencial de consumo, estimado em R$ 8,9 bilhões. No primeiro trimestre de 2013, houve um aumento da ordem de 60% nas vendas de ar-condicionado residencial em comparação ao primeiro trimestre do ano de 2012. O pico das vendas dos aparelhos de refrigeração no País ocorre normalmente entre os meses de novembro e março, que coincidem justamente com os meses mais quentes do ano no Brasil. Entretanto, este ano, em função da estiagem que se prolonga há quase três anos e das temperaturas mais elevadas, as vendas continuaram em alta após o mês de março. Por conta disso, em alguns casos, os estoques não foram suficientes para atendimento do aumento da procura em parte da região.

Fonte: Mercado Ético

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