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terça-feira, 18 de junho de 2013

Uso de alimentos transgênicos contrapõe opiniões de pesquisadores

Diante das estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas) a população mundial chegará a 9,6 bilhões de pessoas em 2050. Esse cenário demandará uma maior produção de comida, colocando em discussão o papel dos alimentos transgênicos. O número de pessoas que não têm acesso adequado à comida em 2010 foi de 925 milhões de pessoas segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Assim, a fome está entre as dez maiores causas de morte no mundo, na frente da AIDS, malária e tuberculose juntas.
Alguns pesquisadores acreditam que organismos geneticamente modificados (OGMs) poderiam resolver o problema devido à rápida produção. Países como Estados Unidos e Argentina têm usado a técnica para aprimorar sua produtividade nos últimos anos e têm obtido safras recorde. O biólogo e pesquisador do IPCC (sigla em inglês para Painel Internacional de Mudanças Climáticas), Marcos Buckeridge, defende a ideia de que o Brasil deveria seguir o exemplo desses países “pois não há como produzir tanto alimento de maneira convencional”, afirma.

O Brasil é um dos poucos países com grandes áreas cultiváveis e segundo Marcos Buckeridge, a biotecnologia será benéfica para o Brasil. “Uma planta geneticamente modificada cresce 30% mais rápido do que uma planta convencional. Além disso, seu uso na região agrícola brasileira beneficia o país, porque não causaria impacto ambiental”.

No entanto, existem controvérsias quanto ao uso de alimentos transgênicos e suas consequências para a natureza e saúde humana. Os dois principais transgênicos, soja e milho, são associados com agrotóxicos, ou seja, eles são criados com uma pré-resistência através de novas enzimas oriundas de bactérias ou outros seres vivos. No Brasil, a Lei de Biossegurança (11.105/05) exige que qualquer organismo geneticamente modificado passe pela avaliação criteriosa da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança).

Porém, para o engenheiro agrônomo e pesquisador da ESALQ-USP, Paulo Kageyama, agrotóxicos usados em grande escala provocam doenças mais graves como câncer, além de doenças estranhas como a doença da vaca louca. Ele questiona se o mundo realmente precisa produzir mais comida. Segundo Kageyama “não falta alimento, pois a produção alimentícia cresceu 46%, enquanto a população aumentou 26% nos últimos anos. Enquanto isso, o desperdício de comida é brutal por parte dos países mais ricos. O problema da fome é decorrente das diferenças de distribuição de renda”. Ele ainda afirma que “os alimentos produzidos agroecologicamente, os orgânicos, estão nas gôndolas dos supermercados a altos custos e somente a classes mais altas podem adquirir esses produtos. Para reverter esse processo, a agricultura familiar deve ser valorizada no Brasil”.

Gemma Macellaro, estudante de Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e participa do curso “Descobrir-se Repórter – Descobrir a Amazônia” pela Oboré Projetos Especiais em Comunicações e Artes

Fonte: EcoDebate

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