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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O Facebook está se tornando um cemitério digital

Em algum momento, haverá mais usuários mortos no Facebook do que vivos.

O número de mortos no Facebook está crescendo rapidamente. Em 2012, apenas oito anos após o lançamento da plataforma, 30 milhões de usuários do Facebook já haviam morrido. Este número só tem subido desde então. Algumas estimativas afirmam que mais de 8.000 usuários morrem a cada dia.


Em algum ponto no tempo, haverá mais usuários mortos no Facebook do que vivos. Logo, o Facebook estará se tornando um cemitério digital de forma crescente e imparável.

ALGUMAS ESTIMATIVAS AFIRMAM MAIS DE 8.000 USUÁRIOS DO FACEBOOK MORREM A CADA DIA

Muitos perfis do Facebook anunciam seus proprietários como “memorados“. O perfil é estampado com a palavra “lembrar-se”, e eles param de aparecer em espaços públicos, como pessoas que você deve conhecer ou lembretes de seu aniversário.

Mas nem todos os usuários do Facebook que faleceram são memorados.

Podemos pensar em nosso registro de mídia social pública como algum tipo de alma digital. Assim alguém que esteja olhando seu Facebook saberá quais eram suas crenças religiosas, as suas visões sobre políticas, o seu amor por seu parceiro e seus gostos literários. Assim se você morrer amanhã, a sua alma digital continuaria a existir.

E SE VOCÊ PUDESSE VIVER PARA SEMPRE COMO UM AVATAR DIGITAL?

Nos últimos anos, várias empresas de tecnologia têm estendido a ideia de uma alma digital. A Eterni.me, lançada em 2014, promete criar uma versão digital do “você” que vai viver após a sua morte. A morte é certa, admite o site. Mas e se você pudesse viver para sempre como um avatar digital? Assim as pessoas no futuro poderiam realmente interagir com suas memórias, histórias e ideias, quase como se estivessem falando com você.

Até o momento, não há nenhuma boa solução para o problema dos dados dos mortos e de seus fantasmas digitais. A única esperança é que a memória da internet, em algum momento comece a desaparecer.

A verdade, escreve Borges, “é que todos nós vivemos, deixando algo para trás.”

Fonte: BBC

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