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sábado, 17 de dezembro de 2016

Os alemães e sua montanha de embalagens no lixo

Ao mesmo tempo em que é uma meca da reciclagem, Alemanha é também a número um na produção per capita de embalagens na Europa. E tentar evitar essa montanha de lixo é mais difícil do que parece.

Os alemães e sua montanha de embalagens no lixo

Os emães são conhecidos como ávidos separadores dos diversos tipos de lixo e por reciclarem meticulosamente. De fato, o país é um dos campeões de reciclagem no mundo, reutilizando cerca de metade de seus resíduos. No entanto, números recentes da organização ambiental alemã Deutsche Umwelthilfe (DUH) mostram que a Alemanha também é boa – até demais – na produção de lixo.

De acordo com a DUH, cada cidadão produz uma média de 213 quilos de resíduos de embalagens por ano, ou mais de 600 gramas por dia. Em comparação com a França (185 quilos), Áustria (150 quilos) e Suécia (109 quilos), a Alemanha ocupa o primeiro lugar na Europa em embalagens postas no lixo.

E o problema está aumentando: os resíduos de embalagens cresceram 13% no país, na última década, refletindo uma tendência mundial. Mas, enquanto as empresas lucram com mais embalagens, o governo está lutando para conter a crescente quantidade de resíduos por meio de regulamentações.

Lucrando com excesso de embalagens

Por um lado, "há uma clara tendência a dividir os produtos previamente em porções, que vão ficando cada vez menores, o que resulta em quantidades enormes de embalagens", explica Thomas Fischer, da DUH. Essa divisão em porções atende ao crescente número de pessoas vivendo sozinhas, mas as companhias também a praticam para aumentar sua margem de lucro ou disfarçar a redução do tamanho de seus produtos.

Um bom exemplo é a popular cápsula de café: as porções pré-embaladas usam 16 vezes mais embalagem do que o pó empacotado da maneira convencional, mas garantem aos fabricantes um faturamento até quatro vezes maior.

Fatores de mercado igualmente corroeram o sistema alemão de reutilização de frascos de bebidas. O que já foi um sistema modelar está sendo cada vez mais deixado de lado, à medida que as empresas priorizam as garrafas descartáveis, que são mais baratas e, uma vez esmagadas, dispensam custosos espaços de armazenamento.

Cerca de 25 anos atrás, mais de 90% da água mineral era vendida pelo sistema de depósito – em que o consumidor paga um valor a mais ao comprar garrafas reutilizáveis e recebe esse dinheiro de volta ao devolvê-las nos mercados. Agora, a proporção é inferior a 30%. As redes de supermercados populares Aldi e Lidl suspenderam inteiramente o uso de garrafas reutilizáveis.

Empresas dão pequenos passos

De acordo com um estudo do Instituto do Clima, Meio Ambiente e Energia de Wuppertal, as empresas poderiam reduzir fácil e imediatamente os recursos utilizados em embalagens em 20% se as reprojetassem para ser mais eficientes e ecológicas.

Alguns exemplos têm aparecido no mercado, como desodorantes spray com a mesma quantidade de produto, mas 20% menos de embalagem, ou detergentes em embalagens comprimidas. O Lidl reduziu a embalagem de seu papel higiênico em 20% simplesmente mudando a forma de empacotamento, apertando mais os rolos.

Outra ação voluntária das empresas para reduzir o desperdício é a proibição de sacos plásticos. Desde 1º de junho, os supermercados Rewe, a segunda maior cadeia do país, baniram os sacos plásticos de suas lojas. A rede calcula que assim serão usados menos 140 milhões de sacos plásticos.

Embora com medidas menos drásticas, 240 redes alemãs também se comprometeram a cobrar um valor pela sacola de plástico a partir de julho de 2016. No entanto, os sacos de papel que o Rewe e outros supermercados e drogarias continuam oferecendo não são muito melhores para o meio ambiente e podem, em parte, ser até mais nocivos, já que sua produção emprega recursos significativos.

Fonte: G1

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