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terça-feira, 2 de maio de 2017

Cemitério animal na região é o melhor do mundo

A dor da perda é sempre um assunto complicado, ainda mais quando se trata de pets, principalmente os cachorros, comumente chamados de melhores amigos do homem.
Para suprir a necessidade relacionada à destinação correta após a morte dos bichos é que foi pensado o Pet Memorial, em São Bernardo, recentemente reconhecido como o melhor crematório de animais do mundo, em evento realizado em Miami, nos Estados Unidos. Durante quase 17 anos de funcionamento, mais de 100 mil famílias já foram atendidas.

Nascida da necessidade de um familiar de pessoas que estão no ramo do luto há 53 anos, a iniciativa foi impulsionada pela morte da poodle Puppy, quando as questões relacionadas à adequação ambiental e emocional foram observadas. “É uma área que tem como objetivo amenizar essa despedida e proporcionar ao tutor a sensação de que tudo que era possível foi feito em vida.

Decidimos construir um empreendimento que poderia levar o conforto nessa hora, criando as urnas para que (os donos) levassem para casa”, afirma Evans Edelstein, diretor do Pet Memorial.

Em relação ao prêmio recebido no Miami Funer, evento mundial focado no mercado funerário, Edelstein destaca que a associação responsável considerou pontos como a excelência no atendimento, infraestrutura e certificações relacionadas à origem das cinzas. “Vem coroar todo um trabalho e sacrifício ao longo de 17 anos. Ficamos muito honrados de receber, porque tudo valeu a pena. Todo dia é uma luta e sempre buscamos melhorar”, avalia.

Tratando o assunto com a sensibilidade necessária e envolvendo série de profissionais, entre psicóloga e veterinários, o espaço é referência na América Latina. Com área de 12 mil m² , o ambiente conta com Capela de São Francisco de Assis, três crematórios individuais, sendo um destinado a animais de grande porte, além de duas salas de velório. São realizados cerca de 200 velórios por mês, contendo também entre usos efetivos e planos preventivos cerca de mil vendas por mês.

Cachoeira e pequeno lago ambientam o espaço aberto e cercado pelo verde. Quem chega procurando por um serviço adequado encontra diversas alternativas de urna, que vão das que se dissolvem em água até as de mármore. Durante o processo, após a preparação do corpo e da sala, um sino é tocado, liberando a subida das escadas em direção às salas de velório. Após alguns dias, a urna é entregue na residência do tutor, com cerca de 5% do peso real do animal em cinzas.

Quem opta por deixar a urna com as cinzas do melhor amigo no local pode visitar a área conhecida como Cinerário, onde um santuário é mantido, na qual os donos podem manter lembranças como fotos, coleiras, petiscos, ovos de páscoa e brinquedos mordidos. Para identificação, é colocada placa com nome do cliente em frente à urna que contém as cinzas.

Para aprovar o equipamento de cremação, os responsáveis tiveram de passar por diversas instâncias. Foi quando descobriram que a legislação ambiental do Brasil é uma das mais rígidas do mundo, demorando dois anos para aprovar o aparelho. “Foi uma série de estágios nos órgãos ambientais, níveis municipal e estadual. O nosso equipamento é o único do Brasil com monitoramento 24h da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). São cinco equipamentos ligados por um monitor diretamente com eles”, pondera o diretor.

A equipe de plantão fica 24h no local, esperando ligações de pessoas da Grande São Paulo, serviço oferecido gratuitamente. Após um dia de estadia em espaço refrigerado do Pet Memorial, ocorre o velório. “Há pessoas que ficam tão emocionadas que nos passam este sentimento. Você vê que é amor de filho mesmo. Quem faz, ama de verdade”, afirma Patrícia Lisboa, 29, funcionária do setor administrativo do local. Informações a respeito do serviço, particular, ligar (11) 3243-1511.

CURIOSIDADES - O local já recebeu animais como cobra, leão, cavalos, capivara, coelhos, aves, porco, iguanas, furões, araras e papagaios. No início deste ano, o Pet Memorial ganhou um novo morador. Trata-se de Bob, cachorro da raça Schnauzer, de origem alemã. Resgatado de abandono, ele circula pelo cemitério com colete contendo frases de conforto aos donos que perderam o melhor amigo.

Entre os visitantes lembrados por Edelstein está cachorro do presidente da República, Michel Temer (PMDB), cremado em 2015, além de animais das apresentadoras Eliana e Ana Hickmann e do jornalista Boris Casoy.

Outro caso lembrado foi o do leão Ariel, que faleceu em 2011 por conta de doenças degenerativas causadas por sua tetraplegia. “O velório reuniu quase 300 pessoas. Foi algo que emocionou. É interessante pela peculiaridade de ser um leão”, ressalta.

Cidades não possuem serviço público

Não há, no Grande ABC, serviço público voltado para velório, cremação ou mesmo enterro de animais de estimação. A equipe do Diário entrou em contato com as sete prefeituras da região para saber a respeito de serviços semelhantes.

Em Santo André, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou que os animais são recolhidos mediante solicitação dos munícipes por meio dos canais de atendimento da autarquia (site, telefone 115 ou postos de atendimento).

O poder público disse que em janeiro foram removidos 313 animais em residências, clínicas e vias públicas. Em fevereiro, este número foi de 262, enquanto em março foram 306. “A cobrança para a recolha do animal morto é lançada na conta de saneamento. Há preços diferenciados para o recolhimento dos bichos, de acordo com o porte do animal. A tabela de precificação é pública, disposta na portaria municipal 314/2016. Ela está disponível no site do Semasa”, informou a autarquia, em nota.

A Prefeitura de São Bernardo afirmou que algumas clínicas veterinárias particulares da cidade fazem o recebimento de animais mortos e dão a devida destinação. A Secretaria de Serviços Urbanos faz apenas o recolhimento de animais mortos em vias públicas.

“Se algum animal vier a óbito, ele deverá ser encaminhado para a clínica veterinária onde ocorreu o tratamento ou ser entregue ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses)”, disse Melissa Vautier Ciasca, médica veterinária da Vescs (Vigilância Epidemiológica de São Caetano).

A Prefeitura de Mauá disse oferecer o serviço de recolhimento de animais mortos em obediência às normas hospitalar, também disponível em clínicas veterinárias municipais. O serviço pode ser solicitado pelo telefone 4518-7555. Em levantamento realizado pelo DCZ (Departamento de Controle de Zoonoses), Mauá registrou a morte de 172 animais em 2016, seja em óbito natural ou eutanasiado. Neste ano, até março, foram 56.

Em Ribeirão Pires, no caso do falecimento do animal, o morador pode entregar o corpo ao Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura para a destinação adequada. Em relação ao número de animais levados por moradores ao CCZ, a Prefeitura afirmou que “varia de mês para mês, não passando do limite de 20. São levados animais de pequeno e médio porte, como cães, gatos, aves e répteis. Eles são deixados no CCZ e destinados ao aterro sanitário de Mauá para incineração”, informou o poder público, por nota.

Já a Prefeitura de Rio Grande da Serra, por meio da diretora de Vigilância à Saúde, Juliana Oliveira Antunes, afirmou que a unidade de Controle de Zoonoses pode receber o animal após o falecimento e encaminhá-lo ao serviço de coleta de resíduos especiais, em Mauá. Ela observou que a destinação da carcaça do animal após o óbito é de responsabilidade de proprietário, segundo estabelece lei municipal.

A Prefeitura de Diadema não se pronunciou a respeito do assunto.

Fonte: Diário do Grande ABC

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